sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A MISSÃO SEGUINDO OS PASSOS DE JESUS CRISTO


ROMANOS  12.1-2                  A nova vida no serviço de Deus

1 "Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.  Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele".

A conversão e a santificação são a renovação da mente; mudança, não da substância, senaõ das qualidades da alma. O progresso na santificação é, morrer, mais e mais para o pecado, e viver mais e mais para a justiça, é executar esta obra renovadora, até que é aperfeiçoada na glória. 

O grande inimigo desta renovação é conformar-se a este mundo.  Não caiam nos costumes dos que andam nas luxúrias da carne, e se preocupam com as coisas terrenas. A obra do Espírito Santo começa, primeiramente, no entendimento, e se efetua na vontade, nos afetos e na conversação, até que há uma mudança em todo em que há a semelhança de Deus, no conhecimento, na justiça e a santidade da verdade. assim, pois, ser piedoso é apresentar-nos a Deus.

O modelo missionário a ser seguido pela Igreja é o praticado pelo nosso Senhor Jesus Cristo. 

As características básicas da missão de Jesus Cristo foram: (1) Enviado pelo Pai, como Seu representante na terra, a fim de revelar a Sua graça e demonstrar a Sua justiça (Jo 1,12-14; Rm 3,21-26), Jesus viveu praticando a vontade do Pai, sendo fiel a Ele e rejeitando o caminho de Satanás (Mt 4,1-11); (2) Ungido, guiado e dirigido pelo Espírito Santo (Lc 4,18-21), de quem recebia a energia e o poder para servir ao Pai e à humanidade, e em cujo poder foi ressureto (Rm 1,1-4); e (3) Encarnado como ser humano, dentro da cultura e sociedade judaicas (Jo 1,1-11), e assumindo a condição de escravo, sendo obediente até a morte e morte de cruz (Fp 2,5-11), Jesus tornou-se plenamente solidário com a humanidade em sua necessidade e sofrimento, sem, porém, pecar (Hb 2,14-18).

A pós-modernidade como a face “deste presente século” (Rm 12,1-2) 

Assim como Jesus, enviado pelo Pai e ungido pelo Espírito, encarnou-se na sociedade e cultura de seu tempo, também a Igreja deve se encarnar na sociedade e cultura de seu próprio tempo. A cultura de nosso tempo é a forma de vida chamada de “pós-modernidade”. Como a cultura no tempo de Jesus, ela oferece oportunidades e desafios para a missão da Igreja. Seguindo o exemplo de Jesus, a Igreja deve se encarnar de forma crítica na pós-modernidade. 
As duas características básicas da encarnação missionária são: (a) o discernimento do Espírito (Cl 1,9-11), a fim de podermos distinguir entre o pecado e a justiça, o certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e o erro em nossa cultura e sociedade; e (b) a compaixão (Mc 6,34), para podermos anunciar o Evangelho da salvação às pessoas que estão escravizados pelos poderes do pecado e da morte, e que caminham cegas, como ovelhas perdidas, sem pastor.
 O desafio da fidelidade 

1.1. A religiosidade peregrina e perambulante 

A forma predominante da religiosidade pós-moderna é a da peregrinação. A religião é vista pelas pessoas como um meio para conseguir resolver os problemas que a ciência, a técnica e a política não conseguem resolver. 
As necessidades de saúde física, saúde emocional, amor e companheirismo não são supridas adequadamente na sociedade pós-moderna. Por isso, as pessoas buscam religiões que satisfaçam essas necessidades. Entretanto, como somente Jesus Cristo pode satisfazer plenamente as necessidades humanas – e transformar o nosso ser interior – a pessoa sedenta busca resposta nas várias religiões que se apresentam no “mercado de bens simbólicos” – dá uma passeadinha pelo caminho de São Tiago, toma um chazinho do Santo Daime, vai pedir a bênção da Mãe Tereza, ou do Pai João, entrega um dinheirinho na ?????, pega uma agüinha benta na Catedral ... etc etc etc. 
A religiosidade pós-moderna não sabe o que é fidelidade, a não ser a fidelidade ao interesse próprio, que pode ser chamada de egoísmo. E até no meio evangélico já se começa a ver a penetração dessa perambulação pós-moderna, com os crentes assistindo a todos os programas de TV e rádio, ouvindo todos os CDs que consegue comprar, freqüentando todas as reuniões de diferentes igrejas, caindo até mesmo nas seitas etc. Onde houver uma oferta de bênção, aí também o crente estará. A fidelidade a Deus começa em casa. Para podermos dar testemunho aos peregrinos pós-modernos, precisamos aprender a fidelidade, seguindo o exemplo de Jesus!

 A pregação do Deus dinheiro e a vida sacrificial 
A outra face da religiosidade pós-moderna não tem “cara” de religião. Por isso mesmo, é muito mais perigosa, porque muitos não a reconhecem. A religiosidade pós-moderna tem como seu grande “deus” o dinheiro – seja na forma de Capital, seja na forma de lucro, seja na forma de desejo dele – que cobra uma séria e rigorosa disciplina sacrificial de vida. Para que as economias funcionem bem, os países exigem “sacrifícios” de seus cidadãos (desemprego, apertar os cintos, corte de gastos com saúde, educação, transporte, moradia; privatizações sem fim...), e na expectativa de ter dinheiro para poder consumir, as pessoas se submetem ao estilo de vida sacrificial exigido pelo Mercado. Nesse estilo de vida sacrificial, a compaixão e a solidariedade não têm lugar.
É cada um por si, e o “deus” dinheiro por todos. Só que o deus dinheiro e seu profeta, o mercado, são deuses rigorosos que não conhecem a compaixão. Não aceitam as pessoas que não conseguem competir e vencer. Eles as excluem – do acesso à saúde, à moradia, à vida, à dignidade, e exigem total fidelidade – mesmo excluída, têm de aceitar a sua condição e reconhecer o seu “pecado capital”. Quem não consegue “vencer” é sacrificado no altar do lucro, da produtividade e da qualidade total. Lembremo-nos do que ensinava Jesus: “ninguém pode servir a dois senhores...” (Mt 6,24).
 A fidelidade ao verdadeiro Deus e o Seu povo 

O primeiro grande desafio missionário da pós-modernidade é o da fidelidade ao Deus verdadeiro. Só pode fazer missão o povo que anda na presença de Deus e procura fazer a sua vontade. Nas palavras de Jesus, “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6,33). 

Somente quando o povo de Deus se submete ao reinado de Deus e tem a Sua justiça como critério de vida e missão, é que pode fazer frente ao caráter peregrino e sacrificial da religiosidade pós-moderna. Neste tempo em que as informações voam distâncias e tempo através dos satélites e televisões, rádios, Internet... Neste tempo em que temos um volume de informações imenso, mas poucos sabemos realmente de importante, é fundamental a fidelidade ao verdadeiro Deus.
Doutra forma, nossa mensagem cairá no vazio do excesso de informações. As pessoas só crerão no Deus verdadeiro se virem a Sua verdade amorosa, justa e compassiva em ação na vida dos filhos e filhas de Deus. Como diz uma canção brasileira a respeito do culto: “E ao sairmos daqui, que poderemos fazer? Deixar que o mundo veja em nós a Cristo e o Seu poder.” 
Para fazer missão na pós-modernidade, é preciso que nossa vida seja missionária, que nosso comportamento seja semelhante ao de Jesus Cristo, que recusou todas as tentações satânicas, todas as tentações de dinheiro, prestígio, consumo e poder, e foi fiel ao envio do Pai, e submisso à direção do Espírito Santo. Como Jesus, precisamos conhecer a Palavra de Deus para vencer as tentações (Mt 4,1-11).
depois continuaremos com esse assunto. fique na paz de cristo jesus. amem.